Outro dia, navegando nas redes, me deparei com um comentário desses que faz a gente rir de nervoso: “Deus me livre de mulher CEO”. E, olha, minha vontade foi rir mais ainda. Porque, depois de quase 20 anos à frente da Domínio Marcas e Patentes, hoje Intelivo, mãe de quatro filhos, enfrentando o mercado com a mesma garra com que enfrento as demandas do dia a dia, só consigo pensar: Deus me proteja, porque ser CEO não é pra qualquer um, não. E sim, mulher CEO é forte – muito mais do que muitos por aí conseguem imaginar.
O autor do comentário dizia que ser CEO é estressante, uma pressão absurda. E eu só posso responder: Deus me imunize contra esses estereótipos ultrapassados. Se tem algo que aprendi ao longo da minha jornada, é que o peso de ser CEO não me masculiniza, me humaniza. Sim, é pesado conciliar trabalho, casa, filhos – mas, a gente faz isso com propósito, com amor e, acima de tudo, com muito sucesso.
A ideia de que “uma mulher CEO coloca o lar em quarto plano” é, no mínimo, desinformada. Deus me livre de cair nesse papinho de que mulher só pode ser uma coisa na vida. CEO ou mãe. Líder ou esposa. Por favor, né? A energia feminina é múltipla, expansiva, indomável. Nós somos tudo isso e mais um pouco – porque escolhemos ser. Deus me defenda de quem não entende a força que é carregar a responsabilidade de liderar uma empresa e, ao mesmo tempo, construir um lar.
Aqui na Intelivo, registramos propriedades intelectuais, protegemos sonhos e, adivinha só, moldamos o futuro. Muitos desses ativos vêm de mulheres incríveis, que equilibram a balança da liderança com a vida pessoal, que fazem acontecer. E quem disse que isso é exclusividade masculina? Não é sobre ser homem ou mulher, é sobre ser capaz. E, sinceramente, não é todo mundo que aguenta o tranco.
A gente concilia dupla, tripla, quádrupla jornada, carrega o mundo nas costas enquanto cria estratégias e supervisiona contratos – tudo isso, pasme, sem deixar de cuidar da família. E sabe por quê? Porque podemos. Porque queremos. E porque fazemos isso muito bem. Deus me ampare, porque ser CEO é muito mais que liderar uma empresa: é construir um legado.
É até curioso que, em pleno século 21, ainda existam pessoas que acham que o mundo começou a desabar quando a mulher conquistou seu espaço no mercado. Deus me abençoe, porque ser CEO e mulher não é dividir contas ou papéis, é transformar realidades. E sim, eu quero ser cuidada – mas, não porque preciso, e sim porque eu escolho. A independência não é uma maldição.
Então, da próxima vez que alguém disser “Deus me livre de mulher CEO”, pode responder com um sorriso: Deus me livre de limitar o que uma mulher pode ser. Quem me dera mais mulheres liderando o mundo. E a vocês, mulheres, CEO ou não, que Deus as ilumine e fortaleça, porque o futuro é nosso para conquistar, um passo de cada vez, e nós sabemos exatamente para onde estamos indo.
Cristhiane Athayde
CEO da Intelivo Ativos Intelectuais